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FILME QUE HORRORES VIVIDOS NO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DE BARBACENA ESTRÉIA DIA 11 DE JULHO

Baseado na aclamada obra “Holocausto Brasileiro”, da jornalista mineira Daniela Arbex, o filme “Ninguém Sai Vivo Daqui” estreia nos cinemas em 11 de julho. Com atuações de Andréia Horta e Fernanda Marques, o longa-metragem traz à tela os horrores verídicos do Hospital Psiquiátrico de Barbacena, conforme relatados por Arbex em seu livro, vencedor do prêmio de Melhor Livro-Reportagem de 2013 pela Associação Paulista de Críticos de Arte e segundo colocado no Prêmio Jabuti em 2014.

A trama segue Elisa, uma jovem que, após engravidar do namorado no início dos anos 1970, é internada à força pelo pai no manicômio conhecido como Colônia. No local, ela e outros internos, vítimas de diversos tipos de abusos, unem-se para encontrar uma maneira de escapar. A produção do filme é liderada por Vania Catani, da Bananeira Filmes, renomada por projetos com forte impacto social. A direção está a cargo de André Ristum, cineasta que já explorou temas históricos e sociais em suas obras anteriores.

Publicado em 2013, o livro de Arbex expôs os horrores cometidos no Hospital Colônia de Barbacena, onde milhares de pessoas foram internadas sob condições desumanas. O filme pretende trazer essa história ao grande público, ressaltando a importância da conscientização sobre os abusos em instituições psiquiátricas e promovendo um diálogo sobre direitos humanos e reformas necessárias na área da saúde mental.

O longa, protagonizado por Fernanda Marques no papel de Elisa, também conta com Andréia Horta, Augusto Madeira, Rejane Faria, Naruna Costa, entre outros, no elenco. O filme fez sua estreia na abertura do Festival de Brasília de 2023 e também foi exibido no Festival de Talin, na Estônia. A história do Hospital Colônia também inspirou a série “Colônia”, mas, segundo o cineasta André Ristum, há diferenças significativas entre as duas obras.

“No filme, as coisas são mais concentradas. O longa acaba sendo mais impactante do que a série, que vai aos poucos entrando naquele sofrimento, na dureza que é a vida dessas pessoas. É uma experiência totalmente diferente, outra proposta sonora e conceitual, outra forma de entrar na história. A gente chega nos pontos mais fortes bem mais rapidamente e, também, tem cenas exclusivas que foram feitas só para o filme. Ambos contam a mesma história, mas quem for ver o filme vai encontrar uma história que, embora conhecida, é nova por sua forma de contar”, explica Ristum.

Ristum, que coescreveu o roteiro com Marco Dutra e Rita Gloria Curvo, revelou que uma das histórias que mais o impactou foi a das meninas grávidas internadas pelos familiares. “Aquilo me chocou demais, e entendi que talvez esse fosse o melhor caminho para contar essa história. Depois, encontrei uma afinidade com minha história pessoal pois minha mãe, quando moça, bem antes de eu nascer, também passou por uma situação de gravidez antes do casamento e acabou, de alguma maneira, sendo obrigada a praticar um aborto.”

Embora baseado no livro de Daniela Arbex, “Holocausto Brasileiro”, o filme “Ninguém Sai Vivo Daqui” passou por uma pesquisa aprofundada. “Fui até Barbacena e conheci o Colônia, que hoje é outra coisa, e me conectei com várias histórias locais. Visitei o museu, conversei com psiquiatras sobre o contexto da época, assisti a documentários, acessei muitas fotos, incluindo as famosas fotos que saíram no Cruzeiro nos anos 60. Tudo isso serviu de base para a construção de personagens ficcionais, mas conectados com figuras reais,” explica Ristum.

Trailer: Assista ao trailer.

A notícia de que Barbacena será retratada nas telas do cinema, inspirada no “Holocausto Brasileiro”, foi recebida com reações mistas pela comunidade. Muitos veem a produção cinematográfica como uma oportunidade para educar e sensibilizar a sociedade sobre os erros do passado, enquanto outros expressam preocupação sobre o impacto emocional que essas memórias dolorosas podem trazer aos sobreviventes e suas famílias.

O Hospital Colônia de Barbacena

Fundado em 1903, o Hospital Colônia de Barbacena, inicialmente destinado ao tratamento de pacientes com tuberculose, rapidamente se transformou em um grande manicômio. Durante o auge de suas operações, especialmente entre as décadas de 1960 e 1970, o hospital abrigou cerca de 5 mil pacientes, muitos dos quais não tinham diagnósticos psiquiátricos, sendo alcoólatras, homossexuais, prostitutas, mendigos e outros grupos marginalizados da sociedade.

As condições dentro do hospital eram deploráveis. Pacientes eram frequentemente submetidos a torturas, como eletrochoques sem anestesia, lobotomias e isolamento. A superlotação e a falta de higiene agravavam ainda mais a situação, resultando em uma taxa de mortalidade alarmante. Estima-se que cerca de 60 mil pessoas morreram no hospital devido às condições inumanas e negligência médica.

A Luta por Reconhecimento e Justiça

O “Holocausto Brasileiro” chamou a atenção para a necessidade de uma reforma no tratamento de transtornos mentais no Brasil. Movimentos de luta antimanicomial e reformas na saúde mental começaram a ganhar força, buscando melhores condições e direitos para os pacientes psiquiátricos. Apesar das melhorias ao longo dos anos, o legado do Hospital Colônia de Barbacena ainda ecoa na memória coletiva da cidade e do país.

Imagens do Holocausto Brasileiro

Para ilustrar essa matéria, algumas imagens históricas do Hospital Colônia de Barbacena podem ser encontradas em fontes confiáveis. Estas imagens capturam a dura realidade vivida pelos pacientes e ajudam a contextualizar a gravidade da situação enfrentada por eles.

Crédito: Reprodução/Luiz Alfredo/Revista O Cruzeiro – fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/
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