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As propostas apresentadas demonstram um desconhecimento básico sobre a realidade atual da rede de atenção psicossocial da cidade. Primeiramente, a integração entre os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e a Atenção Primária à Saúde (APS) já é uma diretriz consolidada e obrigatória no SUS. Isso é garantido pelas políticas de saúde mental, como a Portaria GM/MS nº 3.588/2017 , que reforça a necessidade de articulação entre CAPS, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outros pontos de atenção.
Além disso, mencionar a humanização no atendimento no CAPS como uma proposta é um clichê vago e genérico. Humanização é um princípio básico em qualquer serviço de saúde, e não uma novidade ou uma melhoria específica. É o mínimo esperado de qualquer serviço de saúde mental.
Quanto à implementação de linhas de cuidado, Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) e matriciamento, essas práticas já fazem parte das atribuições do CAPS, conforme previsto nas normativas do Ministério da Saúde. Se o candidato estivesse minimamente informado, saberia que os CAPS são referência na construção de PTS e no matriciamento junto à APS, fortalecendo as redes de apoio e garantindo um cuidado integral e contínuo.
Por fim, a proposta de “melhorar as condições das Residências Terapêuticas” também carece de especificidade. Se já estão em bom funcionamento, qual seria o problema a ser resolvido? Trata-se de um discurso vago, sem diagnóstico real, sugerindo uma tentativa de manipulação com propostas genéricas que não refletem necessidades concretas ou planos de ação detalhados.
Em suma, essas propostas superficiais e genéricas indicam uma falta de conhecimento técnico e uma possível tentativa de ludibriar a população com promessas vagas. Para quem já conhece a realidade e as necessidades da saúde mental na cidade, fica claro que esse candidato está distante do que realmente importa para a melhoria e manutenção dos serviços.
A melhor abordagem seria valorizar e aprimorar as estruturas já existentes com base em dados e avaliações concretas, em vez de propor alterações que aparentam desconhecimento e que podem desinformar a população sobre o funcionamento dos serviços de saúde mental.

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