Na dramática final da Copa do Brasil entre Atlético e Flamengo, a violência nos estádios atingiu um ponto alarmante quando o fotógrafo Nuremberg José Maria foi gravemente ferido por bombas lançadas pela torcida do Atlético-MG na Arena MRV, logo após o gol de empate do Flamengo. Nuremberg estava posicionado à beira do campo, capturando imagens, quando as bombas explodiram nas proximidades, causando-lhe fraturas em três dedos, além de lesões nos tendões e no pé. Após o ocorrido, ele foi rapidamente socorrido e levado ao hospital, onde foi diagnosticado com lesões graves e precisou ser encaminhado para cirurgia .
Em um áudio enviado a amigos e familiares, o fotógrafo relatou a dor intensa e a situação angustiante, dizendo que “foram muitas bombas em cima de mim”. A violência não se limitou apenas a Nuremberg; o fotojornalista Fred Magno, que estava no local, também correu risco, sendo quase atingido por uma bomba. A situação gerou revolta e preocupação, com outros profissionais da imprensa também se sentindo ameaçados .
A Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG) se manifestou em nota, lamentando os ataques aos jornalistas e cobrando providências das autoridades e do Atlético-MG para garantir a segurança dos profissionais nos estádios. A Arfoc-MG já havia alertado sobre problemas de segurança no estádio antes do ocorrido e, após o ataque, solicitou medidas mais rígidas para proteger os jornalistas no exercício de suas funções. Além disso, a associação destacou que não se trata de um incidente isolado, mas de um problema recorrente, que exige ações urgentes .
Em nota oficial, o Atlético-MG se posicionou dizendo que colaborará com as autoridades para identificar os responsáveis pelo ataque e tomará medidas para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer. Apesar de o clube ter se manifestado, o episódio deixou uma marca negativa e levantou questionamentos sobre a segurança em eventos de grande porte, especialmente em competições de tamanha visibilidade .
